red bull no teto do mundo - te dá asas...

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umich.edu

ब्रुना सोअल्हेइरो

Rio de Janeiro, RJ, Brazil

domingo, 29 de abril de 2007

Só me faltava essa!

Lapa, meia noite e meia de sábado pra domingo. Na esquina da Rua Gomes Freire com Mem de Sá eu saio de um taxi, com o celular na mão, caminho para a calçada e observos dois homens caminhando em minha direção. Aguardo eles passarem e, quando estão do meu lado, um deles agarra a manga do meu moletom e me diz:
-Perdeu! Perdeu! Me dá o celular!
Eu olhei pro sujeito e falei:
-Não.
Ele insistiu, falou de novo, puxou a minha manga machucando meu braço e rasgando um pedacinho da costura do moletom:
-Não vou dar não, "amigo" - eu respondi - quer o moletom, pode levar...
Ele foi embora. O colega dele também. E eu, com meu celular no bolso, fiquei pensando cá comigo o que será que essas pessoas têm na cabeça? Sabe ele o que eu estou passando, tudo que tenho aguentado nessas últimas 48 horas? Agora é fácil assim? Só me faltava essa, levarem meu celular!
Nunca assaltem uma mulher de coração partido, senhores ladrões. Nós somos inconsequentes, imprevisiveis e não temos mais paciência pra coisa alguma!

sábado, 28 de abril de 2007

Outono

Hoje é o dia de respirar bem fundo, observar a chuva que cai lá fora, fechar as janelas por causa do vento.
Hoje é dia de assistir "Pequena Miss Sunshine" e resolver que a vida sempre merece uma segunda chance, ou uma terceira, uma quarta...
Hoje é dia de olhar pra frente, de criar coragem pra enfrentar a chuva, o vento e tudo mais que me espera lá fora.
Hoje é dia de pintar a vida de vermelho, de me fantasiar de Penélope Cruz em filme de Almodóvar e enterrar tudo isso que coube nesse freezer velho na margem de cá do rio, gravando na casca da árvore 20.10.2005 - 28.04.2007.
Hoje foi, é e vai ser um dia daqueles. Um dia de poucos verbos e adjetivos demais - tudo muito grande, muito importante, muito pesado, muito difícil...
Hoje é dia de observar a folha cair da ávore, tocar o chão e entender que esse marrom-avermelhado um dia já foi lindo e verde, mas que agora é só um recomeço meio amarelado, com as bordas queimadadas, cobrindo o solo de promessa e futuro.
Hoje sou outra pessoa, e mudo a cada letra desse texto.
Hoje eu olho pra outra margem do rio onde enterrei o freezer e consigo ver alguém que resiste, que abraça as alegrias bem perto do peito, que recebe o futuro de braços abertos. Alguém que parecia alguém, que parece alguém, e que parece com a imagem que eu encaro do outro lado do espelho. Mas hoje não é dia de espelhos.
Hoje é, definitivamente, um dia de outono. Daqui pra frente, é tudo meio cinza, meio frio.
Espero que a primavera não se demore. Que venha logo, que se apresse, que me visite trazendo consigo tudo que pode vir-a-ser, toda a promessa de uma nova vida. E que esse céu azul-escuro das manhãs de outono passe a habitar apenas na memória, deixando pra trás de si tudo o que poderia ter sido, mas fracassou nessa experiência insegura e trôpega de existir.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Salve Jorge

É muito bom sentir-se em casa, ouvir a mais genuina literatura carioca na lapa no dia de São Jorge depois de ter reunido os amigos em casa no fim de semana. É bom reve-los, ouvi-los, sabe-los por perto.
É muito bom saber por onde seguir, reconhecer as esquinas, os caminhos, ver, emoldurados no vidro do carro, logo ali na frente, os arcos da lapa. Saber que por aqui o transito para quando os aviões escolhem a praia de botafogo pro cenário de suas acrobacias - quer motivo mais nobre? Só a volta da praia no fim da tarde de domingo.
É muito, muito bom, saber que o horizonte aqui acaba no mar azul-esverdeado, que meus olhos cismam de buscar em outros lugares sem sucesso, apenas pela força do hábito.
Acho que é isso. Sentir-se em casa é saber que os amigos estão, no máximo, a um túnel de distância, que todos os lugares são molduras de lembranças, e que o natural do olhar é morrer na Baía de Guanabara.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Os dois lados?

Academia. Aula de alongamento. Puxa o pé, puxa o braço, dói. Estica mais um pouco. Dói. Eu pensando qual seriam as semelhanças entre uma academia de ginástica (e seus alongamentos) e as estratégias de tortura do Tribunal do Santo Ofício, quando ouço: - Isso aqui parece minha aula de História. Olhei. Era um menino. Uns 13 anos. Talvez 14. Estava na oitava série. Talvez tenham recrutado Torquemada para dar aulas de história na oitava série...

Eu, por outro lado, conheço professores que estão mais pra Joana D'arc: mesmo depois de toda a dedicação, uns poucos podem fazer da melhor aula a pior das fogueiras.

A sala de aula não pode ser, jamais, um lugar de tortura. Nem pra alunos, nem pra professores...

domingo, 8 de abril de 2007

Páscoa: entre Ford e Kardec

Páscoa. Almoço de Família. Entre uma sobremesa e outra - sim, na minha família a sobremesa vem em etapas - surge à mesa o tema "religião" - sim, na minha família é relativamente comum conjecturar sobre o paraíso entre o pudim e a torta de chocolate. Um dos presentes me explicou que depois que morremos continuamos a trabalhar no tal paraíso, ajudando uns aos outros, e que não tem nada disso de "descansar em paz". Eu, sem acreditar ou desacreditar, fiquei imaginando cá comigo:

[Fade in]: São Pedro em frente a um portão enorme, muito alto mesmo, e, à sua frente uma fila daquelas de INSS.
São Pedro: Nome?
Recém chegado: Joaquim da Silva.
S. Pedro: Ocupação na Terra?
Recém chegado: Porteiro.
S. Pedro: Ok. Olha ali pra câmera, por favor.
[click]
S.Pedro: Joaquim da Silva, porteiro. Tá aqui seu crachá.
[Ruído de eletroestática, interferência, barulho de rádio].
S. Pedro: Alou? Tô encaminhando aqui o José da Silva...
Recém chegado: Joaquim...
S. Pedro: Joaquim da Silva pro setor de prestação de serviço, serviços gerais, portaria.
Rádio: Ok. [chiado] Tudo pronto pra recebê-lo.
S. Pedro: Bem-vindo, Joaquim, bom descanço e bom trabalho.
[Fade out]
Temo que o espiritismo seja reduzido a um fordismo espiritual.

sábado, 7 de abril de 2007

Pantanal: Paraíso Ecológico


Cenário paradisíaco, fauna e flora abençoada, mais um cartão postal do país: no Pantanal, em função da estiagem do ano passado, José, cuja casa já fora alagada (mesmo na seca???), mudou a residência com o objetivo de evitar a água que vem de baixo (já que a que vem de cima...). Em vão. Com tornozelos submersos, Maria, em entrevista, desabafa:

- Deus me livre disso aqui, moço!

Ou São Pedro.

Pois é.

imagem: www.estadao.com.br

Como Assim?

1.
spoony
Weak-minded demonstratively fond; sentimental or silly; soft
Tellah: You spoony bard!


2.
spoony
Said to describe a goofy but lovable person who just wants to have fun.
E- Yo, Shawn, do you wanna go to the mini-mall and moon people?S- You're so spoony...


3.
Spoony
A satisfying, comforting feeling that arises when, two or more elements fit together perfectly, or a cavity is filled completely by an inversely proportionate object.
Two people lying in bed, their bodies perfectly aligned, one slightly smaller cupped into the curve of the other. That's spoony.


4.
spoony
A colorful species of waterfowl (duck) considered less desirable by hunters. Sometimes refered to as, "Portuguse broad billed flying technocolor rat".
Slow day at the blind so we shot a pair of spooneys then got drunk.


5.
spoony
a female, or gay male, who performs oral sex very often
Leah is such a spoony, she already sucked off me, Lou, Mike and Drew. And now shes going after Sue

e por aí vai... não era bem isso que eu tinha em mente...
mas, tá tudo lá: http://www.urbandictionary.com/

É o quê?

spoon·y also spoon·ey

adj. spoon·i·er, spoon·i·est
1. Enamored in a silly or sentimental way.
2। Feebly sentimental; gushy.

says who?

http://www.thefreedictionary.com/spoony

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Isso é um teste




Um espaço vazio... como uma sala sem moveis... apenas paredes brancas... o vazio... e suas infinitas possibilidades...
Imagem: www.eunemqueriamesmo.blogspot.com