red bull no teto do mundo - te dá asas...

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umich.edu

ब्रुना सोअल्हेइरो

Rio de Janeiro, RJ, Brazil

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Ladrão que rouba ladrão no Natal...

Saindo do banco Itaú nas proximidades do Maracanã, eis que minha prima, acompanhada do padrasto (português), é rendida por dois homens, armados, em uma moto.

- passa a bolsa!

- não vou passar nada!

Tem inicio aquela negociação assaltante-assaltado. Barganha daqui, coronhada de lá, entre um "você vai morrer, pi*&%$nha" e outro "me devolve isso aqui, seu filho da %*ta!", o ladrão acaba por conseguir arrancar a bolsa da minha prima, deixando a coitada toda roxa. O mesmo pro padrasto - o português - que resolve acompanhá-la até a delegacia, pra fazer o tal do B.O.

No caminho, analisando o que fora roubado, o padrasto pergunta:

- C., "estabas" de relógio?

- Tava não.

Na delegacia, minha prima é apresentada ao "book" dos meliantes fichados e encaminhada para o exame de corpo de delito:

- Não vou fazer exame nenhum!

- Mas a senhora tem que fazer, senão depois aparece aqui dizendo q foi seu marido...

- Minha filha, "tabas" ou não "tabas" de relógio?

- Meu marido o quê, doutor?

- Nada não... nada não....

Livram-se do martírio da delegacia.

No caminho pra casa:

- Mas, minha filha, o relógio....

- Mas que droga! que história é essa de relógio! já disse que eu tava sem relógio, que eles só levaram a bolsa, que até o celular ficou...

- Mas ... - tirando do bolso - é que eu cá achei este relógio... e se não é meu... "ném" seu ... pois que deve ser é do ladrão...

[Isso é uma história verídica. Apenas os nomes não foram mencionados. O padrasto é mesmo português.]

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

surtinho surrealista

Era uma vez uma página em branco. Aí, ela encontrou um tinteiro, depenou um gansinho distraído, e tatuou-se de poesia concreta.
O gansinho distraído, por sua vez, derramou o tinteiro e banhou-se no rio negro e solimões, sendo escalado dias depois para o papel principal na peça infantil: “o patinho feio”.
Mesmo lisonjeado, ele gritava:
Eu não sou tapinho! Eu não sou tapinho!

Ele era disléxico.